Psicoterapia com IA é possível?
- Debora Almeida
- 6 de jul.
- 2 min de leitura
Nos últimos tempos, li diversas reportagens sobre o uso de inteligência artificial na terapia. É um tema que tem gerado discussões acaloradas — de um lado, os que defendem com entusiasmo; do outro, os que não aprovam nem um pouco. Como sempre digo: tudo tem três lados. Nada é absolutamente bom ou ruim por si só.
A verdade é que a IA já está entre nós — acessível, rápida, eficiente — e se tornou parte do nosso cotidiano. É uma ferramenta poderosa, mas, como qualquer outra, exige o bom e velho bom senso para ser usada com sabedoria.

Mas voltemos à pergunta central: é possível fazer psicoterapia com uma Inteligência Artificial?
Se voltarmos ao significado e ao propósito da psicoterapia, minha resposta é: não. Psicoterapia envolve muito mais do que respostas certas ou teorias organizadas. É sobre relação humana. É sobre olho no olho, escuta ativa, acolhimento genuíno, e principalmente, a capacidade de compreender o que não é dito.
A transformação que acontece em um processo terapêutico vai além da técnica. Ela nasce no vínculo, na confiança e na empatia, elementos que, até agora, a inteligência artificial não consegue reproduzir de forma autêntica.
Por outro lado, isso não significa que a IA não possa ter um papel importante na área da saúde mental. Pelo contrário. Quando usada com responsabilidade, ela pode ser uma excelente ferramenta de psicoeducação. A IA é capaz de organizar informações, relacionar teorias, oferecer orientações baseadas em dados e estar disponível a qualquer hora do dia, algo que pode fazer diferença, principalmente em momentos de crise ou busca por autoconhecimento.
Conclusão:
A inteligência artificial não substitui a psicoterapia tradicional, mas pode ser uma aliada poderosa no processo de educação emocional e orientação inicial. Cabe a nós, profissionais e usuários, entendermos seus limites e potenciais e usá-la com consciência e ética a ciência da psicologia e a nós mesmos.
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