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Você não é ansioso — você está ansioso: a diferença que muda tudo


1. A história que todos já contaram (ou ouviram)


“Eu sou ansioso.”

“Ela é tão estressada."

“Sou uma pessoa insegura.”

Essas frases parecem verdadeiras. Elas saem da nossa boca como se fizessem parte do nosso DNA emocional. Mas será que fazem?
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2. O perigo de se definir por estados emocionais

Quando dizemos “sou ansioso”, não estamos só descrevendo uma experiência. Estamos colando um rótulo na nossa identidade. Um rótulo que, com o tempo, pode virar uma prisão.

Imagine se você dissesse:

— “Eu sou gripe.”

Soa estranho, né? Porque você sabe que a gripe passa. E a ansiedade também pode passar se a tratarmos como um estado emocional e não como uma característica fixa da nossa personalidade.


3. A diferença entre "ser" e "estar" (e por que isso importa)

Na língua portuguesa, temos dois verbos diferentes: ser e estar. Enquanto “ser” aponta para algo permanente, “estar” aponta para algo passageiro, mutável.


👉 "Estou com medo" é bem diferente de "Sou medroso".

👉 "Estou ansiosa" deixa espaço para a mudança.

👉 "Sou ansiosa" parece um veredito final.


E é aqui que a linguagem se conecta com a psicologia — especialmente com a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT).


4. ACT e a armadilha da fusão cognitiva

ACT nos ensina que, muitas vezes, nos fundimos aos nossos pensamentos. Ou seja, acreditamos que nós somos aquilo que pensamos.


Pensamento: “Sou um fracasso.”

Resposta comum: “É, eu sou mesmo.”

Resposta saudável: “Estou tendo o pensamento de que sou um fracasso.”


Essa distância saudável entre você e seus pensamentos é libertadora. Permite que você veja que há algo maior em você do que qualquer emoção, sensação ou história que a mente esteja contando.


5. O rio e as folhas

Imagine que seus pensamentos e sentimentos são folhas boiando num rio. Você pode observá-los passando. Uns mais leves, outros mais pesados. Mas nenhum deles é o rio.

E você?

Você é o rio.

Você é o espaço onde essas experiências acontecem.

Você não é a folha. Você não é a correnteza. Você é quem observa. Você é quem vive.


6. Reescrevendo sua narrativa interna

Quando você muda o “sou” para “estou”, algo mágico acontece:

  • Você para de lutar contra sua experiência.

  • Você cria espaço para agir com mais compaixão.

  • Você permite que o momento mude — como ele sempre muda.


📌 Em vez de “Sou estressado”, experimente: “Hoje, percebo que estou sentindo estresse.”

📌 Em vez de “Sou insegura”, teste: “Agora, percebo uma sensação de insegurança.”


São pequenas mudanças linguísticas que geram grandes mudanças internas.


7. Convite final: volte a ser o observador

Na Viva em Calma, acreditamos que viver em calma não é viver sem emoções difíceis, mas sim reconhecê-las como passageiras sem se identificar com elas.


Na próxima vez que sentir ansiedade, tristeza ou medo, experimente dizer:


“Eu estou sentindo isso agora, mas isso não define quem eu sou.”


E veja como isso muda tudo.


Um grande abraço





 
 
 

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Com Debora Schmitt de Almeida – CRP 08/22277
Psicóloga com mais de 10 anos de experiência, ajudando adultos a reencontrarem equilíbrio emocional, clareza nas decisões e leveza nas relações.

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